segunda-feira, 8 de junho de 2009




Primeira parte: o ambiente cultural

A Geografia do Antigo Egito

O antigo Egito foi excepcional pelo seu ambiente e único pela sua continuidade. Esse ambiente é o caso extremo entre vários oásis culturais e físicos que foram grandes estados da antiguidade. É quase impossível perceber esse tipo de situação, com o seu misto de elementos geográficos e humanos, tal como é difícil compreender o período de tempo abrangido, equivalente a uma vez e meia a era cristã. A situação de quem desenhou a primeira pirâmide, de quem criou o mais antigo edifícios de pedra daquela dimensão no mundo e viveu no único grande estado unificado da época não pode ser recriada. Qualquer tentativa de compreensão do antigo Egito deve incluir uma percepção desta e de outras diferenças enormes entre a antiguidade e a nossa época. Os homens são, no entanto, iguais em toda a parte, e muitos dos nossos conhecimentos pormenorizados de outras civilizações incluem objetos tão vulgares como os que nós próprios utilizamos no nosso dia-a-dia. Ao abordamos uma civilização desconhecida é necessária conhecermos tanto o vulgar como o exótico, pois ambos são afetados pela restrição de ambientes. Um esplora-a deforma rotineira, o outro de modo mas criativo, mas nenhum independente dele.
O Egito faz parte, no seu contexto geográfico, de uma zona mas vasta no noroeste da África e, dentro desta região, a sua proximidade em relação ao coração do desenvolvimento agrícola na Ásia ocidental foi, o principio, muito significativo. O Egito dinástico manteve-se bastante fechado durante a maior parte dos períodos, o que se deveu apenas ao fato de sua economia ser basicamente agrícola. Para obtenção muitas matérias-primas e dos requisitos necessários de uma grande civilização era necessários o comercio ex-terno ou travessia do deserto, sendo, assim, imprescindível ter-se a perspectiva de uma região mais vasta para se compreender a cultura egípcia. O mesmo se pode dizer quanto a população do pais, provavelmente originaria de todas as zonas circundares, e sempre racialmente heterogênea
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As Fronteiras do Antigo Egito
Não e fácil definir as fronteiras do Egito na antiguidade, tema muito da preferência dos textos antigos e quem reflete a obsessão do Egito com as demarcações em geral. As principais regiões do pais, o vale do Nilo, o delta e o fayum, eram complementados por partes das zonas circundantes sobre as quais os egípcios exerciam certos direitos, por exemplo o de imploração nineira. A fronteira meridional, situada tradicionalmente na primeira catarata do Nilo, a sul de Assuão, foi alargada mais para o sul em certos períodos. No império novo há, por vezes, texto que designam também por Egito partes da Núbia que estavam nessa altura incorporadas no estado. Para alem desta expansão do território egípcio, a linha de oásis que vai de siwa, a norte, a al-kharga, a sul quase paralelamente ao Nilo e cerca de 200 km a oeste, foi ocupada e governada por egípcios durante a maior parte do período dinástico, atingindo o auge de sua prosperidade na época romana.
As principais regiões do Egito formam oásis fluvial do deserto. Assim, o pais estava mais isolado dos seus vizinhos do que os outros estados da antiguidade e a sua excepcional estabilidade foi, em larga medida, divido ao seu isolamento, de que é notável indício a total ausência de referencias do Egito nos texto da mesopotâmia e da síria do 3.º milênio antes de cristo. Talvez ate o século XIII a.C., o Egito atraio colonos, mas não uma invasão concentrada , e os imigrantes eram sempre rapidamente absolvidos pela população. Mas embora grande parte da historia egípcia seja uma historia interna, tal não é inteiramente verdade no que se refere ás mais vastas,e mal conhecidos, alterações da pré-história. Embora o oásis do Egito estive-se já completamente formado em finais do 3.º milênio, e necessário relacionar esta fase da evolução climatérica com as alterações mais profundas verificadas em períodos anteriores
Nos milênios que se seguiram no fim da ultima era glaciar (cerca de 10 000 anos ante de cristo), o vale do Nilo era uma das zonas que atraiam populações do sara e de grandes partes do Norte da África. Durante o pleistoceno o vale foi, grande parte do tempo, um pântano intranpanivel e os nives dos rios eram muito mais elevados do que agora. A medida que, em finais desta fase, o sara se ia desertificando tornava-se cadê vez mais inóspito para os grupos de nômades que tinha inicialmente espalhado por grandes parte da região. Já em 15 000 a.C. há uma concentração de povoações do paleotico no planalto desértico no limar do vale, e um pormenor destas culturas pode iniciar que sentiam já os efeitos da penúria e de uma prisão demográfica. Algumas das lâminas de sílex encontradas em certas escavações, tanto no Egito quanto na Núbia, mostram sinais de terem sidos utilizados para corta ervas, possivelmente plantas que davam grão de cereais. E este, talvez o primeiro indicio de consumo de cereais conhecidos no mundo, apenas comparável ao do Terraço de Hayonim, na palestina, o que não constitui prova de uma vida sedentária e agrícola, mas antes de uma utilização intensiva de recursos por partes de uma população ainda nômade.
























Esse exemplo isolado de <> no Egito parece não ter tido quaisquer conseqüência a longo prazo. Nos anos que vão de cerca de 10 000 a 5000 a.C., verificou-se uma continuação dos modos de vida do epipaleolíco e do paleotico tardio e não há uma evidencia continuidade entre os vertigios deste período e das culturas posteriores. Estas são normalmente designados pelos egípcios por <> e são neolíticas e sedentárias, tendo algumas estímulos ao seu desenvolvimento vindo da Ásia ocidental e datam, talvez, de 4500 a.C. ate ao inicio do período disnatico. O ambiente do Egito do período pré-disnatico ofereceu oportunidades de exploração mão muito diferente das encontradas no inicio do seculo XIX d.C. . Esta analogia e importante porque grade parte do povoamento teve sempre lugar dentro do vale do Nilo e do delta, e não nas franjas do deserto (todas as áreas não atingidos pela cheia são desérticas, ou pelo menos savana desértica, anão ser que sejam irrigadas). E possível que a localização precisa das povoações não tenham mudado muito, tendo a construção por cima de povoações anteriores de a acumulação de escombros elevar a aldeia acima do nível do vale e do perigo de grande cheia. Tanto pelo fato de povoações anteriores estarem enterradas por debaixo de outros mais modernas, como pelo de três ou mais metros de sedimentos se terem depositados sobre todo o vele desde 3000 a.C., o registro arquiologico da fixação de populações na zona inundada e cultivada e quase nulo. Grande parte da arqueologia egípcia e, portanto,muito hipotética.

O vale do Nilo foi, no período pré-disnatico e em período protesriores, um centro de desenvolvimento da agricultura e, mais tarde, da sociedade urbana no norte da áfrica (encontra-se agricultura em data anterior mais para o ocidente, ao longo da costa mediterrânea). Toda esta região, desde a confluência do Nilo azul e do Nilo branco ate ao delta deve ter tido primitivelmente uma cultura semelhante, mais no Egito propriamente dito as diferenças tornaran-se marcadas aparteado inicio da 1º. Disnatia. A concentração de varias origem trouxe inovações de diferentes origem, tendo o principal estimulo vindo, talvez, do próximo oriente. Uma característica marcante de uma cultura egípcia de qualquer período e o fato de não ser tecnicamente inovadora. Talvez a própria prodigalidade da terra e da sua água não encorajasse a inovação.

Neste período de formação, o contato entre o Egito e as regiões vizinhas era mais fácil do que agora, pois o a desertificação do sara não esta ainda completa e o deserto a ocidente do vale do Nilo,e, em particular, a oriente alimentava uma verdadeira flora de fauna e, talvez, uma população nômade maior que a de hoje. Ate para os habitantes do vale do Nilo estas regiões tinha algumas importância. Durante a ultima parte a 4º milênio e o 3º milênio, o deserto tornou-se progressivamente mais árido desenvolvimento este que pode ter sido significativo no que se refere a formação do estado egípcio. O colapso político que se verificou no final desta fase climática (cerca de 2150ª a.C.) pode ter sido desencadeirado por cheias insuficiente, que fossem sintoma de uma fase de seca em todo o Norte da África, um pouco como a que teve no Sahel, no principio dos anos 70, outro período de cheias baixas.

O clima e geografia tiveram um papel importante nestes desenvolvimentos. Não se pode dizer que tenham determinado o seu rumo, pois podem imaginar-se resultados diferentes, mas a verdade e que impediram a continuação dos padrões de subsistência anteriores. O Nilo e suas inundações foram fatores dominantes na organização do recém-formado estado do Egito.

O Vale do Nilo

A queda de chuva no vale do Nilo é quase nula, não ultrapasados os 100-200 mm por ano no delta। Sem o nilo, a agricultura no Egito seria inviável, exceto, talvez na costa mediterrânea. O Nilo é uma fonte de água mais regular e previsível do que qualquer outros dos grandes rios do mundo, cujos vales são utilizados par irrigação. Na antiguidade, a sua cheia anual, entre junho e outubro, cobria a maior parte do terreno do vale do delta e permitia, mediante uma gestão cuidadosa da água depositada, a obtenção de uma colheita. Já não é possível observar-se o padrão dessa cheia devido ­à construção, desde 1830, de uma serie de barragens e canais. Estes regularizam os nivel da água, desde Sennar, no Nilo azul, ate ao vértice do delta, a norte azul, no sul do Sudão entre Bahrel-jebel ei rio sobat.

Em vez de observamos as condições atuais, temos de baser-nos em fontes mais antigas, desde documentos faraótocos ate à Descriptionde I’Egipte, elaborada pela expedição napoleônica, e nos escritos dos técnicos de irrigação do século XIX. Para se determinar qual a área cultivada em qualquer época do passado e necessário realizar estudos pormenorizados no local.

As águas do Nilo vêm do Nilo azul, que nasce nas terras altas da Etiópia, e do Nilo branco, que, no sul do Sudão, se divide numa curiosa serie de rios mais pequenos e alcança o lago vitória, na áfrica central. O Nilo Branco é alimentado pelas chuvas da região tropical e tem um caudal relativamente constante ao longo do ano, graças a sudd, que absorve a maior parte da água na estação chuvosa. O Nilo azul e o Atbara, que se junta ao Nilo um pouco a norte de Cartum, trazer grandes quantidades de água, proveniente da monção da Etiópia, e fornecem quase toda água do rio entre julho e outubro (mais cedo no Sudão).













































Carmen Laura Coutinho







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